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O diário da ciência de dados

Desde o início da minha carreira, trabalhei muito com a contabilização de hits, acessos e principalmente analisando a evolução geral dos números de sites. Eu não sabia o que era business intelligence ou ciência de dados, mas estava trilhando os primeiros passos. Então, contarei um pouco dessa história.

Minha primeira experiência profissional

Em 2004 arrumei um emprego de webmaster em uma empresa que revendia equipamentos cirúrgicos. Era o cara que fazia tudo, sistema, site, design, e o que mais envolvesse a “webpresença” da empresa.

Inicialmente eu tinha uma missão: produzir o site deles, vitrine para alguns dos produtos que vendiam. Após lançado, a preocupação foi entender a quantidade de pessoas que estavam acessando o site, de onde eram, perguntas que muitas vezes a gerência fazia e eu não sabia responder.

Na época não existia o Google Analytics ainda (foi lançado só em 2005), o único recurso que eu tinha eram as ferramentas de contagem de hits do servidor que hospedava o site. Os hits me ajudaram com algumas pistas de frequência de visitas, cidades, entre outros números. Muitas vezes eles vinham em um formato não muito amigável e eu tinha que montar alguns gráficos “na mão” para poder entender o que estava acontecendo.

A imagem a seguir, é um rascunho de cálculos de interações via contato no site (dias e horas), eu usava isso para entender os padrões. Perceba que concluí que a maioria das interações acontecia na segunda quinzena do mês. Um pensamento precoce de um profissional que estava se formando.

meu primeiro rascunho de análise de dados, os primeiros passos no campo da ciência de dados
No alto da imagem tem uma contagem de frequências e na parte de baixo um rascunho gráfico.

As primeiras aulas de estatística

Nessa época, eu tinha aulas de estatística na faculdade, com o professor Sidney Ferrari. Eu me interessei pela análise exploratória de dados, medidas de dispersão e centralidade. Sempre tentava aplicar o que aprendia no meu trabalho usando essas ferramentas para entender o comportamento dos usuários no site. Um dos livros indicados pelo professor (tenho até hoje) é o “Estatística Básica” dos autores Wilton de O.Bussab e Pedro A. Morettin (São Paulo: Saraiva, 2004).

Livro de estatística básica
Um dos primeiros livros que eu comprei na época da faculdade.

Motivado pelas aulas de estatística na faculdade, sobretudo a experiência adquirida colocando em prática a teoria no trabalho, a análise de dados fez (e faz) parte da minha vida, nos relatórios, no estudo de gráficos, em como mostrar ao cliente através de números os resultados do trabalho que eu fazia. Aprendi ferramentas, formas de automatizar algumas daquelas fórmulas que aprendi nas aulas e livros, enfim, ficando mais experiente no negócio.

Quem teve a oportunidade de trabalhar comigo, sabe a importância que eu sempre dou para os dados e como cobro decisões com base neles.

No decorrer da minha carreira eu me aproximei mais desse mundo, procurei me aperfeiçoar em estatística, ferramentas como R, Python, cursei uma pós-graduação na área de ciência de dados e com tudo que aprendi, comecei a formar analistas para trabalhar na área de dados.

No ano passado (2021) fui um dos finalistas da categoria de BI do Prêmio Abradi Digitalks Profissional Digital.

Por que um blog sobre ciência de dados?

Uma das minhas paixões é ensinar, então resolvi montar esse blog para servir como material de apoio para treinamentos de business intelligence e ciência de dados, além de servir como incentivo para eu continuar estudando e compartilhando conhecimento.

Meu compromisso

Fazer no mínimo uma publicação semanal, responder dúvidas e sugestões e colaborar para a formação de novos profissionais de dados no Brasil.

Espero contar com você que está lendo esse texto nesse exato momento. Tem alguma sugestão? Comenta aí!

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