Dados do smart watch

A utilização de dados pessoais com foco na qualidade de vida

O mundo possui uma quantidade massiva de dados. É importante entender o quanto eles podem ter um grande valor para resolver problemas importantes para a raça humana. Imagine que esses dados escondem soluções para a maioria dos problemas existentes em nossa sociedade.

Capacidade de processamento

Com a capacidade de processamento e armazenamento existente, é possível tratar grandes quantidades de dados por um valor mais barato do que antigamente. 

Há alguns anos, era necessário que uma empresa investisse em grandes servidores e todo um aparato tecnológico para que pudesse fazer o processamento dos seus dados, ou seja, tivesse a sua própria infraestrutura.

Atualmente, as organizações têm à disposição empresas como Amazon, Microsoft e Google, por exemplo, que, com suas soluções de cloud, fazem o armazenamento e processamento dos dados de empresas.

A seguir, veja o vídeo sobre como funciona o data center do Google, um dos responsáveis por soluções de nuvem e outros serviços para processamento de dados.

A grande capacidade de armazenamento de dados — em conjunto com dispositivos, como celulares, smartwatches, entre outras ferramentas de IoT (internet of things, em português, internet das coisas) — possibilita a captura de informações acerca do nosso comportamento e de sinais vitais como: respiração, batidas do coração, pressão arterial, entre outros.

Relógios como o Garmin, avisam o usuário quando está muito tempo sentado, com o estresse  alto, tudo com base na leitura de batidas cardíacas. Além disso, é possível programar o relógio para um programa de hidratação, calorias, passos, entre outros, que podem colaborar positivamente para a saúde de seu dono.

Monitoramento de dados pessoais

A utilização de dados de GPS, captados pelo celular, possibilita um acompanhamento em tempo real do usuário, fornecendo informações de distância, caminhada, enquanto o smartwatch verifica sinais de saúde. 

Algumas pessoas utilizam contadores de calorias no celular. São aplicativos que facilitam o controle da dieta, para que se saiba quantidades de macronutrientes ingeridos e onde possa se estar exagerando.

O monitoramento de dados através de dispositivos é possível devido à capacidade de armazenamento e processamento existente hoje, afinal, imagine a quantidade de sinais gerados diariamente, por milhões de pessoas. É um big data que se bem utilizado pode ajudar a identificar e até prever doenças.

Um sistema para qualidade de vida

Fica fácil pensar em um sistema. Nele, pode haver um pré-processamento de dados oriundos de smartwatches, celulares e outros dispositivos, de modo que esses dados sejam padronizados (ETL) e armazenados em grandes data warehouses.

Depois, análises preditivas com algoritmos de inteligência artificial e machine learning poderão ser realizadas. O sistema mostrará tendências e previsões relacionadas com a saúde de milhares de pessoas. 

Após processados seus dados, um usuário poderá perceber a evolução de sua saúde. 

Médicos podem ter acesso a esses dados, receber alertas para acompanhar a saúde de seus pacientes, estipulando, assim, metas de calorias, nutrientes, medicamentos etc. Desse modo, atuam no tratamento ou prevenção de algumas enfermidades.

Fica claro que grandes empresas, ao fazerem investimentos na área de tecnologia, acabam auxiliando na área da saúde, pois facilitam a análise e monitoramento de dados de usuários, podendo tornar mais simples o tratamento e prevenção de doenças.

Cuidados com dados pessoais

Mais importante de tudo: a anonimização desses dados pessoais e a verificação do consentimento para o compartilhamento, é um item importante para preservação dos direitos do usuário e leis de privacidade como, por exemplo, a LGPD no Brasil.

Alguns questionamentos que podem surgir nesse sentido:

  • Como aproveitar os dados oriundos de dispositivos pessoais e IoT preservando a privacidade dos usuários?
  • Quais os métodos de consentimento para compartilhamento de dados devem ser aplicados?
  • Sobre as leis governamentais, quais os cuidados necessários?
  • E você? O que acha dessa ideia?

Obs. Texto adaptado, publicado originalmente na plataforma de ensino Descomplica, para conclusão de módulo, da pós-graduação de Big Data e Inteligência Competitiva.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *